01 março 2010



Cada pessoa que observava minhas unhas neste estado, tecia um comentário ou perguntava alguma coisa:
-Ué! Como é que você pinta só o meio das unhas?
-Como que você fez esses desenhos?
-Ih! Parece uma paisagem, como é que você fez estas paisagens? É cada uma diferente da outra? Como é que você fez?

Com esse último comentário, fiquei intrigada, pois já tinha feito exercícios de partir da forma figurativa e chegar à abstração, e do contrário também, mas nunca havia conseguido fazer múltiplos, pois é, dez paisagens ocasionais, paisagens que brotaram nas minhas unhas, do cultivo, cultivo da cor.
Respondi: - Não fui eu, foi o tempo.
A pessoa não acreditou! 

Com o que dizia respeito a maneira como consegui pintar minhas unhas só no centro, parecia tão óbvio pra mim que isso é resultado de um desgaste natural, misto da gastação corriqueira e do crescimento das unhas, mas sobre esta pergunta, foram ao menos três pessoas que me perguntaram a mesma coisa em locais distintos (uma mulher que eu nunca havia visto antes no bairro de Madureira, a minha tia que falou sarcasticamente da minha nova maneira de pintar a unha pelo centro, e numa festa de aniversário que fui onde um grupo de mulheres me fez esta mesma pergunta)!
Isso também me deixou intrigada. 

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